5.1.11

Tire as asas da formiga ou Diga-me com quem andas...

Que a minha mente produz coisas inúteis eu já sabia, mas é tão gostoso quando alguém dá corda...
 
 
L diz: td certo por ae?
 
Bia diz: não... sabe aquelas formigas com asa? INVADIRAM o meu quarto, não sei o que fazer, tem muitas. Preciso de uns 12 lagartos aqui pra dar conta. (PS do blog: lagarto come isso?)

L diz: estamos todos sendo atacados


Bia diz: meu, to com a luz apagada e a da sacada acesa, mas nem assim elas saem

L diz: ja pediu com educação?


Bia diz: Já. E já tentei na ignorância tbm. Parecia uma louca com a toalha de banho espantando as mardita. Algo me diz que elas vão sair quando bem entenderem.



L diz: Ja sei. Vai la fora e faz uma voz de saguao de aeroporto "senhores e senhoras e formigas de asas favor comparecerem no balcao de informações em viracopos!!!"


Bia diz: perai, vou tentar.
...
Elas riram de mim.


L diz: vc nao foi convincente


Bia diz: acho que preciso ser mais fanha


L diz: é


Bia diz: pra elas mei que não entenderem.
...
As que eu prendi lá fora estão forçando a porta


L diz: rapido, a comoda


Bia diz: me lembrei: olha isso aqui tá muito bão, isso aqui tá bão demais... olha, quem tá fora quer entrar, mas quem tá dentro não sai.....


L diz: comeu formiga? Da proxima vez tira a asa, da barato...


Bia diz: uia! podia fritar e fazer petisco


L diz: nunca comi


Bia diz: tem gente que come formiga, será que serve essas?


L diz: tira a asa hein






PS: Estou quase submersa sob a montanha de formigas-de-asas-from-hell.
PPS: A chefe delas prometeu uma mega operação de invasão caso eu não me renda.
PPPS: Já perceberam que o verbo dizer no presente ndo indicativo (ou seja, "diz") poderia gerar uma boa marca?

21.12.10

Papelada

Resolvi remexer em papéis velhos, separar aquilo que fica e o que vai para o lixo.

... e quando você mexe em coisas antigas (que nem são tão antigas assim), você percebe o quanto sua vida passa depressa, quanta coisa você consegue acumular nos dias que parecem que se arrastam, mas que, ao olhar para trás, "parece que foi ontem".

Descobri que minha adolescência foi tão poética... E eu não estou falando metaforicamente, eu realmente me metia a escrever poesia e colecionar os poemas de escritores que conheci durante o tempo que permaneci em grupos virtuais.

Hoje joguei tudo fora.

Não, eu não me sinto menos sensível ou romântica, apenas mudei minha maneira de ver a vida. Ou foi a vida que me fez mudar a maneira de ler poesia...


23.11.10

O sonho nunca acabou!

Ainda estou tentando digerir o show do Paul MacCartney.

Tudo começou no encontro para o show do Rush quando um amigo falou: Meu, vocês viram que vai ter show do Paul em novembro?

E a partir daí, com a decisão tomada, "nós vamos", começou a angústia para comprar os ingressos. A ansiedade pela pré-venda. A tristeza de não ter conseguido. A esperança de conseguir um ingresso na venda "da geral". A conquista. Aí, foi só esperar o dia.

No dia 21/11 estávamos lá, numa fila imensa com pessoas de todas as idades, cores e crenças. Andamos muito, esperamos mais ainda.

E lá de fora meu pai ainda brincou: "Podíamos lucrar com os ingressos e ir pra casa assistir pelo multishow". Não faríamos isso! Antes do show começar já era previsto que nenhum dinheiro do mundo pagaria aquele momento, aquelas 3 horas.

Eu nunca vou conseguir descrever a energia daquele estádio na noite do último domingo. Cada pessoa que entrava (e entrava muita gente!) deixava mais bonito aquele espaço que, mesmo a noite, estava iluminado, não pelos holofotes, mas pelo brilho dos olhos de cada um à espera da grande estrela da noite.

O show começou e tivemos a certeza que todo esforço tinha sido recompensado.

Ainda na segunda música, perguntei ao meu pai se ele ainda preferia assitir pelo multishow. Com um brilho indescritível nos olhos ele apenas balançou a cabeça negativamente.

Mesmo com toda emoção eu não consegui chorar durante o show, mas desde "The end" estou com um nó na garganta que não desfaz (ainda que tenha lavado um pouco a alma com o texto do Rob Gordon, que descreveu o que, provavelmente, muitos sentiram e pensaram).

O sonho não acabou, não acabará nunca! Ao menos não enquanto o "casal da frente", a "tia escandalosa" do lado, os "meninos de 6 e 8 anos" atrás, o "tio psicodélico" do outro lado, a "maluca bêbada" lá da frente,  meu pai e eu, cantarmos a mesma música, num só coro!

Aquelas 3 horas irão durar para sempre, a emoção vai durar para sempre... mas eu precisava escrever agora!

29.10.10

On a Break

B: Precisamos conversar.
DF: Finalmente!
B: Como assim?
DF: Tanto tempo sem falar nada... Já não era sem tempo querer conversar.
B: Vou ser direta, preciso de um tempo.
DF: Já imaginava.
B: ...
DF: Foi alguma coisa que eu fiz?
B: Não.
DF: Foi alguma coisa que eu não fiz?
B: Não. Olha, você é ótimo.
DF: Então...
B: O problema não é você, sou eu...
DF: Ah, o velho truque... Tem outro?
B: Você sabe que tem, mas não é isso, só quero ficar sozinha, descansar...
DF: De nós dois?
B: Sim. Mas se eu tivesse que escolher um, seria você.
DF: Verdade?
B: Claro que sim. Você me conhece a mais tempo, além do que, posso falar sobre tudo com você. O outro se resume aos assuntos de trabalho.
DF: É definitivo?
B: Não sei, mas por enquanto preciso desse tempo.
DF: Ok. Vou respeitar a sua decisão, mas saiba que quando quiser voltar eu vou estar aqui.
Bia: Sim, volto pra gente conversar quando der.
Dos Fatos: Vou esperar.

13.10.10

Ah, crianças!

Eu gosto de algumas crianças, gosto mesmo. Assim como eu gosto de algumas pessoas adultas também. Pra mim, não tem diferença se a pessoa usa fraldas e fala errado ou tem 94 anos de idade usa fraldas e quase não fala. Pesso é pessoa, de qualquer idade.

O meu problema real é que eu não sei como me comportar diante de uma criança. Me sinto boba em qualquer coisa que eu fizer e imagino que a dita cuja está pensando, na melhor das hipóteses: "Que tia besta!".  Os adultos também podem pensar (e pensam!) isso, mas aprenderam com o tempo a não externar esse sentimento por uma questão de convivência, por isso eu me sinto mais segura perto deles.

E tem aquela criança que te deixa falando sozinha ou se esconde atrás da mãe quando você pede um beijo ou pergunta seu nome. Crianças são capazes de ignorar sem peso na consciência (que inveja!) e te deixar sem graça...


... e te deixam mais sem graça ainda quando, no meio de uma brincadeira super saudável ela CHORA. Você não sabe o que fez, aliás, nem sabe se fez alguma coisa, mas ela CHORA! E corre para o colo da mãe. Você pede desculpas e ela vira a cara como se você fosse o bicho papão, ou a Cuca do sítio do pica-pau amarelo, se é que as crianças de hoje em dia sabem o que é isso.

Você, sem saber o que fazer, pede desculpas. Ouve a mãe dizer para a criança "foi sem querer, a tia não fez de propósito" e você pensa "mas o que eu fiz, exatamente?".

Criança é legal, mas eu prefiro manter uma distância segura.

30.9.10

Finding M.

Começou quando M. deixou um recado no meu orkut : "dia 29 vou ficar de molho no aeroporto de campinas de 9 ao meio dia...se eu fosse vc pegava o marcio e ia pra la almoçar aushaushausahua =)" e pra mim já estava fechado.

Conferi minha agenda e percebi que nesse dia haveria uma audiência logo às 9:30 da manhã (droga!), mas de qualquer forma daria tempo, ainda que fosse apenas para tomar um café e 15 minutos de conversa fora. Confirmei.

Chegou dia 29 e liguei para o Márcio logo cedo, mas não atendia. Já estava decidida a ir sozinha quando, numa última tentativa ele atendeu, disse que estava pronto e que me encontraria no centro da cidade em aproximadamente 20 minutos.

Aqui eu preciso deixar um lembrete pra mim mesma. Quando o Márcio diz "estou pronto e chego em vinte minutos" entenda "acabei de acordar e ainda estou deitado, tomarei meu banho e irei tranquilamente ao local combinado. Chego lá em CINQUENTA minutos". Mas essa é outra história...

Chegamos no aeroporto e tentamos telefonar, mas o telefone capixaba aparentemente não estava funcionando em Campinas. Algum problema de área ou puro boicote, whatever.

Rodamos pelo aeroporto (que por sorte não é grande) e nada. Pra uma pessoa míope como eu a missão estava ficando complicada.


Por que não pensamos nisso?

Percebi então que estávamos no saguão de desembarque e, num ímpeto genial percebi que M. poderia estar no saguão de embarque, visto que era isso que ela estava fazendo lá, aguardando um avião para outro lugar.

Decidimos seguir as setas que indicavam "embarque". Saímos do saguão de desembarque, andamos por fora do saguão e qual não foi nossa surpresa quando, entrando no salão de embarque, percebemos que se tratava do MESMO saguão, com as mesmas pessoas e o mesmo balcão de informação. Me senti estúpida.

Nesse momento eu pensei em pedir para anunciá-la, mesmo o Márcio achando que ela não estaria prestando atenção aos anúncios do aeroporto e eu intimamente achar que quase ninguém entende o que o anunciador fala (pra mim é quase como ouvir alguém recitando Shakespeare em russo com a boca e nariz tapados).

Já tinha me conformado em voltar para casa sem encontrar M. E foi aí que ela acabou nos encontrando...

Ficamos pouco mais de uma hora num café do saguão de embarque/desembarque, um encontro de futuros velhos amigos. Formalidade zero e muita risada. "Dorei".

E depois de uma sessão de fotos M. partiu para seu destino, o sul do Brasil (invejinha branca nessa partes), mas esperamos que ela volte um dia pra cá, não apenas para um café, mas para continuarmos por horas e horas aquelas conversas bobas, numa mesa de bar com cerveja, vodka e marguerita.

Volta, né?

20.9.10

O que foi, é ou será!

Eis que de repente você se dá conta de que os melhores anos da sua vida são aqueles que passaram sem você nem perceber... E percebe o que passou e o que nunca aconteceu.

É fato (e clichê) que tudo tem seu momento certo para acontecer.

Esse blog nasceu por um motivo, em algum momento que eu até posso me recordar, ainda que não faça muita questão disso... e passou por fases, do fundo do poço à filosofia de botequim.

Olhando para trás, para a pequena história desse micro diário eletrônico, eu pude constatar duas coisas: (1) eu não tenho disciplina para fazer algo regularmente que não seja obrigatório e (2) os melhores momentos da minhas vida não foram contados aqui.

Os melhores momentos não foram contados...

Os melhores momentos foram vividos de maneira que não caberia descrever em palavras, eu nem saberia como fazê-lo.

Os melhores momentos foram guardados na lembrança - às vezes numa "pen-drive", em formato ".jpg", com pessoas bem coloridas.


E isso não é saudosismo antecipado e barato. É a sensação de que algo está acabando, um ciclo está terminando para dar lugar a outro, talvez melhor, talvez não...

Aquela sensação de que tudo passou muito depressa, aquela sensação de "parece que foi ontem", mas com a firmeza de tudo aquilo que é eterno porque foi contruído dia-a-dia, por cinco anos!

13.7.10

Eu tenho medo do Jostein Gaarder

É sério!

Fazia um tempo que queria escrever um posto sobre livros, mas não tinha surgido a oportunidade.

Lembra quando eu comprei o livro Amor em tempos de cólera, do Gabriel Garcia Marquez? Pois bem a ideia era destruir um certo bloqueio que tenho com relação ao autor. Isso porque desde adolescente eu tento ler Cem anos de solidão, mas acho tão chato que não consigo sair das primeiras páginas.

E eu já tentei diversas vezes, porque há quem diga que "às vezes não é o momento certo, por isso a leitura não flui". Eu acredito nisso (pelo menos em partes), por isso eu o peguei diversas vezes para ler. Em todas as vezes eu achei chato. Em todas as vezes não cheguei nem na metade. Quem sabe um dia...

Mas eu ia falando do Amor em tempos de cólera que eu comprei no fim do ano... Comecei a ler logo que comprei. Desisti. Comecei novamente uns dois meses depois. Desisti. Comecei há dez dias atrás e estava começando a achar interessante (ó o progresso!), ainda que a leitura estivesse evoluindo a passos de tartaruga porque: a) ando muito cansada; b) ler quando estou cansada me dá mais sono ainda; c) a história é monótona e dá sono; d) todas as alternativas anteriores. Sim, D.

Agora, os (dois) leitores do blog devem estar pensando: mas o que tem a ver o Jostein Gaarder com isso tudo? Bom, é agora, no meio do tédio criado por Gabriel Garcia Marquez que ele entra, ou melhor, reaparece na minha vida.


Bu!

Tudo começou com O mundo de Sofia. Olha só:

Comecei a ler o livro ainda adolescente, com uns 13 anos ou 14 anos, se não me engano. Aquela hitória de cartas misteriosas entregues diretamente na casa de Sofia, sem selos, sem nada, com o canto molhado... Enfim, esse mistério me deu um medo inexplicável e parei de ler. Tinha mais medo da história das cartas para Sofia do que de qualquer filme de terror que eu me lembre no momento. Poxa, a menina estava sendo perseguida por algum tipo de pedófilo-filho-de-chocadeira? Não sabia. Não queria saber. Fechei o livro e não pensei mais nele por um bom tempo.

Com uns 22 anos, já na faculdade, eu vi o livro na biblioteca e pensei que ele não poderia mais me assustar, afinal, eu já era uma "mocinha". Levei o livro pra casa, O mundo de Sofia.

Eu até era uma "mocinha" na época, mas uma mocinha medrosa que também não conseguiu ler o livro até o fim. Ainda que tenha descartado a ideia de pedofilia, tudo ainda era muito estranho.

Eis que em 2010 um fã de Jostein Gaarder entrou na minha vida e se tornou meu namorado. E lá fui eu, tentar ler O mundo de Sofia mais uma vez. Se eu consegui? Claro que não. Ainda não, mas logo eu termino... (Dei uma parada para ler Amor em tempos de cólera e o resultado disso vocês já sabem).

Na último fim de semana, o Edu-namorado-fã-de-Jostein-Gaarder apareceu na minha casa com um livro chamado A biblioteca mágica de Bibbi Bokken (preciso contar quem é um dos autores?), que eu até já tinha dado uma olhada certa vez. Tinha achado um livro "bonitinho", "delicado", baseado em cartas trocadas por dois primos pré-adolescentes, tudo fofo, né?

Fofo uma ova!

Assim como O mundo de Sofia, A biblioteca mágica de Bibbi Bokken induz a pobre leitora medrosa ao erro. Dada a delicadeza dos títulos, tudo faz pensar que são livros infantis, mas não são.

O que era um pedófilo-filho-de-chocadeira, agora se tornou uma psicopata-assustadora-de-crianças-comedora-de-livros. Ou talvez Bibbi Bokken seja o pedófilo-filho-de-chocadeira que envia as cartas para Sofia?

Chega, tô lendo muito Jostein Gaarder. E tenho muito medo dele.

18.6.10

Teoria dos Cheiros

Aloha!

Estava meio afastada do blog pois estava envolvida em projetos de ordem profissional e acadêmica.

Ok. Quem eu quero enganar? O abandono do blog foi vagabundagem mesmo...

Mas, estava mesmo trabalhando em algumas teorias e queria compartilhar.

Primeira Teoria: Teoria dos Cheiros

Está comprovado cientificamente (entenda "cientificamente" como "contar aos seus amigos e ter como resposta: putz, verdade!") que os cheiros ruins ficam, os bons, dissipam.

E você pode comprovar a teoria entrando numa pastelaria. Sim, ainda que seja apenas para pedir uma informação ou comprar um bilhete de Zona Azul. O cheiro de fritura ficará no seu cabelo e na sua roupa até o seu próximo banho com cloro e soda cáustica, talvez tenha até que queimar as roupas.

Esse cheiro de fritura te acompanhará o dia todo, irritará seu fígado, te deixará com vergonha de cumprimentar alguém de perto mas, o cheiro daquele perfume ma-ra-vi-lho-so que você adora voa com o vento e 15 minutos após passá-lo você nem sentirá mais o cheiro. É ou não é?




Em breve outras teorias igualmente importantes!

1.6.10

Dinheiro mal gasto!

Dizem por aí que dinheiro que vem fácil, vai fácil.

Me lembrei hoje de uma vez que fui com meu irmão e minhas primas ao Shopping Tatuapé, na época em que eu ainda morava em São Paulo, uns 13 anos atrás.

Ao sair do carro, no estacionamento, achei 30 reais, 3 notas de 10 dobradinhas ao lado do carro. Que sorte! Naquela época 30 reais ainda era "bastante" e como achado não é roubado...

Pois bem, entrei no shopping e acabei comprando, com aquele dinheiro, um CD do Paulo Ricardo. Dinheirinho mal gasto...

Não sei porque me lembrei disso hoje, muito menos porque decidi compartilhar...