30.9.10

Finding M.

Começou quando M. deixou um recado no meu orkut : "dia 29 vou ficar de molho no aeroporto de campinas de 9 ao meio dia...se eu fosse vc pegava o marcio e ia pra la almoçar aushaushausahua =)" e pra mim já estava fechado.

Conferi minha agenda e percebi que nesse dia haveria uma audiência logo às 9:30 da manhã (droga!), mas de qualquer forma daria tempo, ainda que fosse apenas para tomar um café e 15 minutos de conversa fora. Confirmei.

Chegou dia 29 e liguei para o Márcio logo cedo, mas não atendia. Já estava decidida a ir sozinha quando, numa última tentativa ele atendeu, disse que estava pronto e que me encontraria no centro da cidade em aproximadamente 20 minutos.

Aqui eu preciso deixar um lembrete pra mim mesma. Quando o Márcio diz "estou pronto e chego em vinte minutos" entenda "acabei de acordar e ainda estou deitado, tomarei meu banho e irei tranquilamente ao local combinado. Chego lá em CINQUENTA minutos". Mas essa é outra história...

Chegamos no aeroporto e tentamos telefonar, mas o telefone capixaba aparentemente não estava funcionando em Campinas. Algum problema de área ou puro boicote, whatever.

Rodamos pelo aeroporto (que por sorte não é grande) e nada. Pra uma pessoa míope como eu a missão estava ficando complicada.


Por que não pensamos nisso?

Percebi então que estávamos no saguão de desembarque e, num ímpeto genial percebi que M. poderia estar no saguão de embarque, visto que era isso que ela estava fazendo lá, aguardando um avião para outro lugar.

Decidimos seguir as setas que indicavam "embarque". Saímos do saguão de desembarque, andamos por fora do saguão e qual não foi nossa surpresa quando, entrando no salão de embarque, percebemos que se tratava do MESMO saguão, com as mesmas pessoas e o mesmo balcão de informação. Me senti estúpida.

Nesse momento eu pensei em pedir para anunciá-la, mesmo o Márcio achando que ela não estaria prestando atenção aos anúncios do aeroporto e eu intimamente achar que quase ninguém entende o que o anunciador fala (pra mim é quase como ouvir alguém recitando Shakespeare em russo com a boca e nariz tapados).

Já tinha me conformado em voltar para casa sem encontrar M. E foi aí que ela acabou nos encontrando...

Ficamos pouco mais de uma hora num café do saguão de embarque/desembarque, um encontro de futuros velhos amigos. Formalidade zero e muita risada. "Dorei".

E depois de uma sessão de fotos M. partiu para seu destino, o sul do Brasil (invejinha branca nessa partes), mas esperamos que ela volte um dia pra cá, não apenas para um café, mas para continuarmos por horas e horas aquelas conversas bobas, numa mesa de bar com cerveja, vodka e marguerita.

Volta, né?

20.9.10

O que foi, é ou será!

Eis que de repente você se dá conta de que os melhores anos da sua vida são aqueles que passaram sem você nem perceber... E percebe o que passou e o que nunca aconteceu.

É fato (e clichê) que tudo tem seu momento certo para acontecer.

Esse blog nasceu por um motivo, em algum momento que eu até posso me recordar, ainda que não faça muita questão disso... e passou por fases, do fundo do poço à filosofia de botequim.

Olhando para trás, para a pequena história desse micro diário eletrônico, eu pude constatar duas coisas: (1) eu não tenho disciplina para fazer algo regularmente que não seja obrigatório e (2) os melhores momentos da minhas vida não foram contados aqui.

Os melhores momentos não foram contados...

Os melhores momentos foram vividos de maneira que não caberia descrever em palavras, eu nem saberia como fazê-lo.

Os melhores momentos foram guardados na lembrança - às vezes numa "pen-drive", em formato ".jpg", com pessoas bem coloridas.


E isso não é saudosismo antecipado e barato. É a sensação de que algo está acabando, um ciclo está terminando para dar lugar a outro, talvez melhor, talvez não...

Aquela sensação de que tudo passou muito depressa, aquela sensação de "parece que foi ontem", mas com a firmeza de tudo aquilo que é eterno porque foi contruído dia-a-dia, por cinco anos!