31.7.09

Um post sobre sexualidade

Introdução:
Tenho dois primos pequenos, uma de quase 7 e um de quase 3. Aqui vão duas histórias sobre eles e uma reflexão.
História 1:
Minha prima, saindo do banho, minha tia perguntou:
- Tomou banho direito, Laura?
- Sim, mamãe, lavei até a vagina.
- Como assim?
- É mamãe, eu já sei tudo sobre vagina, a tia Dani me contou (a tia Dani é a tia da escola).
Minha tia disse que não tinha coragem de se olhar no espelho e ver a cor que estava seu rosto. Ela é professora, está acostumada com esses repentes infantis, mas uma filha de 7 anos que sabe TUDO sobre vagina...
E a Laura ainda emendou um comentário de que quando crescer não quer ser mãe, pra não ter que cortar a barriga. Minha tia tentou argumentar dizendo que nem sempre é preciso cortar a barriga e levou:
- Eu sei, mamãe. Sei TUDO sobre a vagina...
Então tá!
História 2:
O meu primo Pedro acha a maior graça em pegar no "pipi" e fazê-lo esticar. Mostra pra mãe com o maior orgulho do "pipi" grande.
Reflexão:
As meninas adquirem maturidade, inclusive sexual, desde pequenas. Os meninos, passam a vida inteira orgulhosos com seus "pipis grandes"...

28.7.09

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"Quando o que você mais teme acontece, você está livre para não temer mais nada..."

Cristiana Guerra

O Desafio

Eu não sei andar de bicicleta! Não sei mesmo, nunca aprendi. Acho um absurdo a facilidade que as pessoas têm de se equilibrar na magrela.

Com 5 ou 6 anos de idade o meu sonho era crescer bem rápido e me empregar no Carrefour, pra andar de patins o dia todo.

Eu ganhei meu primeiro patins com uns 6 anos de idade. Treinei, treinei e aprendi a andar. Patins tradicional, bota branca, rodas paralelas vermelhas e freio na frente. Um luxo!

Eu não cresci muito, continuo pequena. E não arrumei emprego no Carrefour... Mas logo passei para o patins "in-line". Tive uns três. O último, bem legal!

Hoje, anos depois, me pego num desafio de querer andar de bicicleta.

Não, não acho tarde. Acho que ainda estou em tempo de aprender. O difícil é superar o medo de cair e me estrupiar. Difícil chegar no da seguinte no trabalho, toda ralada, e dizer "caí de bicicleta"... Nós crescemos e ganhamos de brinde algumas neuras... Enfim...

Confesso que tenho tentado bastante, mas ainda não consegui pedalar.

Como nós, sobreviventes do mundo moderno, temos a tendência de achar que tudo se resolve com a internet, fui buscar ajuda na web para o meu problema. Na busca, achei milhares de pessoas que também não sabem andar sobre duas rodas, um site que diz que até um saco de batatas se equilibra numa bike (por que eu não?) e a história do Alexandre, que ficou muito nervoso ao cair de sua bicicleta.

Como dizem por aí que querer é poder, vou continuar tentando... E pensando carinhosamente sobre a possibilidade de colocar rodinhas laterais (sugestão do meu pai).

Em tempo, assim como o Alexandre, eu também ficarei muito brava se cair.

27.7.09

Eu tenho e-mails, orkut, msn, skype, blog, twitter... e uma preguiça desgraçada de certas pessoas...
Da minha tristeza
Eu faço poesia
Prefiro ser feliz
A ser poetisa
(Detesto minha poesia)
E se amanhã eu me pego sozinha
Sem descer para jantar
Sem apetite, sem dormir
Sem sonhar
Meio humana
Meio trágica
Meio diazepam
Resgato algo de novo (de novo)
E me levo pra dançar...
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(Se não há créditos, é meu.)

14.7.09

Direito por linhas tortas

Sempre quis ser artista. E disposição para tanto.
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Apesar de ter dado meus rodopios na infância e adolescência, a idéia de ser arista nunca passou de mera aspiração.
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Queria fazer teatro. Não queria ser atriz, mas produtora. Pensei muito sério na possibilidade de prestar vestibular para a EAD. Isso foi quando passei no vestibular para Biologia na PUC Campinas, mais ou menos na mesma época em que pensei em prestar vestibular para Medicina Veterinária ou Agronomia. Realmente não sabia o que fazer. Não fiz nada.
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Tempos depois fui fazer Administração. Desisti.
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Minha mãe sempre me disse que eu seria advogada. Lembro dela falar isso desde que eu era pequena e tomava partido nas confusões da escola. Praga de mãe pega!

13.7.09

Da morte

Depois de muito tempo, volto a este espaço. Aleatório. Essa poeirinha xexelenta, perdida no espaço cibernético. Esse blog mais ou menos, sem linha editorial ou motivo específico, sem filosofias profundas e nenhuma disciplina.

Venho apenas para refletir (comigo mesma, sem grandes pretensões) sobre a morte. Na verdade, sobre a vida com a perspectiva da morte.

A certeza da morte não faz as pessoas melhores. Ninguém vive "cada dia como se fosse o último", como vivem alardeando por aí, fazendo pose de herói despojado.

Eu levo meus dias como se tivesse a eternidade à minha frente, sou acomodada assumida. Mas a idéia de morrer me apavora, não tenho vergonha de dizer. Cortei meu dedo outro dia. Acho que rompi uma veia. Pensei que pudesse morrer. Depois passou...

Há pouco olhava meus ratos. Tenho quatro. São dois machos/meninos na gaiola de cima e duas fêmeas/idosas na gaiola de baixo. Quer saber? Eles (as) vivem...

Uma das idosas já passou por alguns procedimentos veterinários, sendo que um deles foi uma cirurgia para a extração de um tumor. Meses depois, apareceram mais dois tumores. Resolvi não mexer e deixar a "natureza tomar conta" (seria a minha escolha se estivesse no lugar dela). Remédios para driblar a dor (que, aparentemente, ela nem sente) e bola pra frente.

Apesar de todas as limitações da idade e da doença eu nunca a vi amuada, pelo contrário! Ela vive cada dia sem saber porque ou para que. Apenas vive, sem a perspectiva da morte, sem a obrigação de viver "cada dia como se fosse o último".

Lembro-me da minha cachorra, que até o último dia de sua vida tentou se levantar, sem saber que aquele dia era realmente o último...

Na real proximidade da morte, qualquer ser humano deixa de viver, desiste.

Quando eu morrer, quero morrer de repente, pra não morrer muito antes...