Um dia, neste mundo, eu chorei mais do que pensei que alguém pudesse chorar. E pedi ajuda aos anjos, aos santos e a quem pudesse me escutar. Acendi uma vela para Deus, para o Diabo, talvez.
Mas depois eu percebi que as minhas mazelas não são maiores que as mazelas humanas, passando pelo engano, erros e mentiras que fazem qualquer ser humano vibrar de ódio e dor em seus universos particulares, até as grandes catástofres que sensibilizam mesmo sem sensibilizar (hipócritas!). A dor do mundo era minha, mas a minha dor não era maior que as dores do mundo, ainda que eu pensasse que sim.
E, falando em mundo, certa vez houve a esperança do fim. Nenhuma teoria verosímil, apenas mais uma justificativa para a inércia permanente. Mas o mundo não acabou e as teorias perderam credibilidade, as igrejas perderam fiéis, os intelectuais deram ares de "eu avisei" e os pobres de espírito protelaram a decisão divina de extinção da raça humana. (Pobres seres que se sentem o centro de todo Universo... E onde seria o centro do infinito?).
Certo é (e ninguém parece ter percebido) que o mundo começa e acaba a cada dia e, às vezes, meu amigo, eu estou no grupo dos que começam, em outras, fico ao lado dos que esperam pelo fim. Maldita dualidade! Dualidade esta inerente aos seres conscientes, cientes de suas próprias limitações e do movimento permanente de tudo. Quem é tão certo de seus conceitos, dono de suas verdades, imutável, não pode ser consciente (mas esta é uma opinião minha e que talvez não deva ser levada em consideração).
Mas é isso, por aqui finalizo, pois não tenho a intenção de assustá-lo caso pense em vir nos visitar. Até porque, no fim de tudo, o mundo se atura e finge que se ajuda, o que torna tudo um pouco menos insuportável.
Até breve!
Ps: Espero que entenda alguns conceitos humanos, a começar por Deus e Diabo, desta forma, fica mais fácil entender o motivo de quase tudo.
Pps: Segue a foto de nosso planeta. De longe, ele é lindo... Tinha tudo pra dar certo!
Linda
Há um ano
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