12.3.10

Dos equipamentos sindicalistas

Não bastasse todos os percalços normais da profissão, ainda tenho que conviver com certas pérolas diárias. Ontem a situação beirou o ridículo. Sério, foi indigno.

Vamos aos fatos:

Cheguei no escritório, quarta-feira, dia de folga dos meus neurônios pró-ativos (por alguma razão obscura, só os neurônios preguiçosos "trabalham" às quartas). Até aí, tudo bem, já convivo com isso há vários anos, ainda que desconheça algum fundamento científico para isso.

A rede também não estava funcionando. Ou seja, os três computadores não se comunicavam sendo que, em um deles estão todos os nossos arquivos e é muuuito lento, o outro, que fica na outra sala, só funcionava internet e o notebook, que é o que tem melhor desempenho, não servia pra m... nenhuma naquele momento. Sussa!

Aí o meu dia foi assim, correndo de uma sala para outra, salvando os arquivos de um computador na pen drive e correndo para o outro lado do corredor (e quando eu falo corredor, estou falando de um de mais ou menos 15 metros) para usar internet. E os neurônios preguiçosos, odiando o corre-corre, planejavam um incêndio criminoso em tudo aquilo só pra poderem ir embora pra casa dormir.

A impressora, que está conectada ao pc lento (dos arquivos), percebeu que era a única que estava trabalhando e resolveu parar também. Tentei argumentar, mas ela estava irredutível.

Se eu chamei um técnico? Óbvio. Mas ele só apareceu no final da tarde, quando eu já estava planejando uma emboscada para agarrá-lo na rua e levá-lo a força para o escritório (mas eu ainda acho que seria melhor ter chamado especialista para negociar com eles).

E aqui cabe um comentário sobre técnicos de computador: é só eles chegarem que tudo volta a funcionar, te deixando com a maior cara de idiota. Se eles sabem que é só aparecer para isso acontecer, por que não aparecem logo? Estou pensando seriamente em fazer um poster do técnico e deixar na sala. Talvez os computadores e a Sra. impressora se sintam constrangidos com a presença... Vou estudar melhor isso.

Mas, enfim, o técnico chegou. Juntamente com ele, um abacaxi monstro de um cliente, o que me fez ficar no escritório até 19:00 e, melhor, sem conseguir conversar com o técnico sobre o motivo do problema.

No fundo, ainda acho que eles pleiteiavam melhores condições de trabalho. Hoje, estavam todos funcionando, mas em operação-padrão.

Droga de equipamentos sindicalistas! 

Joinha!