29.10.10

On a Break

B: Precisamos conversar.
DF: Finalmente!
B: Como assim?
DF: Tanto tempo sem falar nada... Já não era sem tempo querer conversar.
B: Vou ser direta, preciso de um tempo.
DF: Já imaginava.
B: ...
DF: Foi alguma coisa que eu fiz?
B: Não.
DF: Foi alguma coisa que eu não fiz?
B: Não. Olha, você é ótimo.
DF: Então...
B: O problema não é você, sou eu...
DF: Ah, o velho truque... Tem outro?
B: Você sabe que tem, mas não é isso, só quero ficar sozinha, descansar...
DF: De nós dois?
B: Sim. Mas se eu tivesse que escolher um, seria você.
DF: Verdade?
B: Claro que sim. Você me conhece a mais tempo, além do que, posso falar sobre tudo com você. O outro se resume aos assuntos de trabalho.
DF: É definitivo?
B: Não sei, mas por enquanto preciso desse tempo.
DF: Ok. Vou respeitar a sua decisão, mas saiba que quando quiser voltar eu vou estar aqui.
Bia: Sim, volto pra gente conversar quando der.
Dos Fatos: Vou esperar.

13.10.10

Ah, crianças!

Eu gosto de algumas crianças, gosto mesmo. Assim como eu gosto de algumas pessoas adultas também. Pra mim, não tem diferença se a pessoa usa fraldas e fala errado ou tem 94 anos de idade usa fraldas e quase não fala. Pesso é pessoa, de qualquer idade.

O meu problema real é que eu não sei como me comportar diante de uma criança. Me sinto boba em qualquer coisa que eu fizer e imagino que a dita cuja está pensando, na melhor das hipóteses: "Que tia besta!".  Os adultos também podem pensar (e pensam!) isso, mas aprenderam com o tempo a não externar esse sentimento por uma questão de convivência, por isso eu me sinto mais segura perto deles.

E tem aquela criança que te deixa falando sozinha ou se esconde atrás da mãe quando você pede um beijo ou pergunta seu nome. Crianças são capazes de ignorar sem peso na consciência (que inveja!) e te deixar sem graça...


... e te deixam mais sem graça ainda quando, no meio de uma brincadeira super saudável ela CHORA. Você não sabe o que fez, aliás, nem sabe se fez alguma coisa, mas ela CHORA! E corre para o colo da mãe. Você pede desculpas e ela vira a cara como se você fosse o bicho papão, ou a Cuca do sítio do pica-pau amarelo, se é que as crianças de hoje em dia sabem o que é isso.

Você, sem saber o que fazer, pede desculpas. Ouve a mãe dizer para a criança "foi sem querer, a tia não fez de propósito" e você pensa "mas o que eu fiz, exatamente?".

Criança é legal, mas eu prefiro manter uma distância segura.