23.11.10

O sonho nunca acabou!

Ainda estou tentando digerir o show do Paul MacCartney.

Tudo começou no encontro para o show do Rush quando um amigo falou: Meu, vocês viram que vai ter show do Paul em novembro?

E a partir daí, com a decisão tomada, "nós vamos", começou a angústia para comprar os ingressos. A ansiedade pela pré-venda. A tristeza de não ter conseguido. A esperança de conseguir um ingresso na venda "da geral". A conquista. Aí, foi só esperar o dia.

No dia 21/11 estávamos lá, numa fila imensa com pessoas de todas as idades, cores e crenças. Andamos muito, esperamos mais ainda.

E lá de fora meu pai ainda brincou: "Podíamos lucrar com os ingressos e ir pra casa assistir pelo multishow". Não faríamos isso! Antes do show começar já era previsto que nenhum dinheiro do mundo pagaria aquele momento, aquelas 3 horas.

Eu nunca vou conseguir descrever a energia daquele estádio na noite do último domingo. Cada pessoa que entrava (e entrava muita gente!) deixava mais bonito aquele espaço que, mesmo a noite, estava iluminado, não pelos holofotes, mas pelo brilho dos olhos de cada um à espera da grande estrela da noite.

O show começou e tivemos a certeza que todo esforço tinha sido recompensado.

Ainda na segunda música, perguntei ao meu pai se ele ainda preferia assitir pelo multishow. Com um brilho indescritível nos olhos ele apenas balançou a cabeça negativamente.

Mesmo com toda emoção eu não consegui chorar durante o show, mas desde "The end" estou com um nó na garganta que não desfaz (ainda que tenha lavado um pouco a alma com o texto do Rob Gordon, que descreveu o que, provavelmente, muitos sentiram e pensaram).

O sonho não acabou, não acabará nunca! Ao menos não enquanto o "casal da frente", a "tia escandalosa" do lado, os "meninos de 6 e 8 anos" atrás, o "tio psicodélico" do outro lado, a "maluca bêbada" lá da frente,  meu pai e eu, cantarmos a mesma música, num só coro!

Aquelas 3 horas irão durar para sempre, a emoção vai durar para sempre... mas eu precisava escrever agora!

Um comentário:

José A. Soares disse...

Bia,
você descreveu tudo...eu acho! rs